Pesquisas de opinião realizadas tanto nos EUA quanto na França nesta semana revelam que a maior parte da população desses dois países é contra uma intervenção militar na Síria.
Washington e Paris deverão liderar a coalizão internacional que atacará Damasco em retaliação a um ataque químico que os EUA dizem que foi realizado pelo regime sírio no último dia 21.
O ataque, conforme a inteligência americana, matou 1.429 pessoas, sendo 426 crianças. O regime nega.
O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou ontem que decidiu realizar uma intervenção militar na Síria. Entretanto, ele também decidiu que pedirá autorização do Congresso para fazê-lo.
Nos EUA, cerca de 53% dos entrevistados na pesquisa Reuters/Ipsos disseram que o país deveria ficar de fora do conflito. O número representa uma queda de sete pontos, em relação à semana passada. Só 20% disseram que os EUA deveriam agir, ante 9% na semana passada.
Quando perguntados se os Estados Unidos deveriam intervir caso o governo de Assad tenha usado armas químicas contra civis, 29% dos norte-americanos responderam que sim - ante 25% na semana passada - enquanto 44% se opõem à intervenção mesmo que armas químicas tenham sido usadas, ante 46% na semana passada.
O levantamento americano com 708 americanos adultos foi conduzida entre a segunda e a sexta-feira desta semana. A margem de erro é de mais ou menos quatro pontos percentuais.
Na França, pesquisa da BVA divulgada pelo "Le Parisien-Aujourd"hui" mostrou que 64% dos pesquisados se opõem, 58% não confiam no presidente François Hollande para conduzir a ação e 35% temem que isso iria "colocar toda a região em chamas".
Fonte:folhapress
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