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A crise política conseguiu um feito: quase todo mundo sairá
Data Publicação:02/10/2015
Independentemente do desfecho do redemoinho que atormenta o mundo político desde o início da Operação Lava Jato, e de forma mais aguda após a eleição de 2014, uma coisa parece certa: quando tudo estiver suficientemente claro e passado a limpo nos livros de História, vai ser difícil encontrar quem não tenha saído menor da crise atual. Dilma Rousseff poderia ser lembrada, por exemplo, como a primeira mulher a abrir a Assembleia Geral da ONU. Como a ministra que organizou a gestão do antecessor, foi ungida presidenta, peitou interesses das classes mais abastadas ao forçar os bancos e setores estratégicos da economia a reduzirem seus ganhos e implementou moradias, obras estruturantes e uma rede de assistência médica e social nas regiões relegadas ao abandono do país. Hoje, em vez disso, corre o risco de entrar para o rodapé das obras de referência como uma gestora vacilante, que segurou preços dos setores básicos, gastou mais do que deveria, subestimou a crise (e a solução para a crise) para se reeleger, nomeou figuras de gosto duvidoso para o Ministério, observou de forma apática à dissolução de sua base aliada e, quando a água chegou ao seu pescoço, não titubeou em demitir auxiliares por telefone e abrir as comportas de seu governo para o baixo clero parlamentar em troca de condescendência ao seu ajuste fiscal e aos pedidos de impeachment protocolados na Câmara. Tais nomeações têm como objetivo conter a fúria de uma ala peemedebista da Câmara que se aproveita da fragilidade do momento para negociar cargos – o antigo campo de influência, instalado numa diretoria da Petrobras, está sob vigia e holofotes, e o melhor agora é levar as credenciais aos ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia, áreas tão prestigiadas na reforma salva-pele como a Educação, que viu um filósofo da envergadura de Renato Janine Ribeiro ser dispensado para acomodar Aloizio Mercadante, que ninguém, a não ser Dilma, queria na Casa Civil. O alto salário, agora cortado em 10%, não parece ser o principal atrativo dos novos ministros.
O rearranjo de forças tem tantas digitais do ex-presidente Lula que um novo capítulo de sua biografia começa a ser escrita quase cinco anos após encerrar o seu mandato - no auge da popularidade, diga-se. A partir de agora, qualquer escolha malsucedida irá direto para a conta dele, que vê seu crédito de gênio político abalado à medida que sua suposta receptividade a lobbies de empreiteiras e montadoras investigadas pela Polícia Federal começa a ser noticiada. Segundo o Estadão, essa receptividade resultou na aprovação de uma Medida Provisória que estendeu benefícios fiscais ao setor automobilístico durante o seu governo (o caminho para a aprovação da MP é uma aula sobre o funcionamento da coisa). Pior: os lunáticos alimentados em correntes de Whatsapp que atribuíam ao ex-presidente “uma das maiores fortunas do país” poderão citar, a partir de agora, os R$ 2,4 milhões recebidos por seu filho graças a uma valiosa consultoria de marketing esportivo a uma das empresas suspeitas. Que eles não se animem. Enquanto um lado da história se esforça para segurar o que resta da narrativa sobre forças progressistas e populares – spoiler: dois ex-tesoureiros presos e condenados, um ex-ministro da Casa Civil preso dentro da prisão por enriquecimento suspeito –, o outro caminha a passos largos em direção ao descrédito. Hoje o maior partido de oposição use-se a cadáveres insepultos de velhos regimes para se apresentar como o lado bonito e cheiroso da força. Para isso, começa a desdizer aquilo tudo que havia dito antes, inclusive sobre contribuições provisórias, ajustes fiscais, elevação de juros, protagonismo da crise internacional e apego às regras democráticas para salvar o próprio mandato.
Na falta de projeto político, seu maior expoente, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), mal consegue explicar a rota de seu tempo de voo. Nem a importância de um aeroporto construído na fazenda de um tio com dinheiro público (legal, mas imoral) no tempo em que governava Minas Gerais com um pé no gabinete e outro no Rio de Janeiro (foram 124 viagens com aeronaves oficiais ao todo). Para destronar a presidenta que o derrotou nas urnas, com o suposto objetivo de quebrar o ciclo de inapetência e corrupção atribuído a um único partido, move-se sem dar um pio a respeito das suspeitas sobre sua maior esperança na empreitada: Eduardo Cunha. Posa, assim, como os meninos liberais “cansados de tanta roubalheira” que aparecem sorridentes na foto tirada no gabinete de um detentor em contas na Suíça para abrigar a quantia equivalente à propina da qual é acusado de receber. A figura central da imagem, de gênio do regimento e da articulação política, corre o risco de entrar para a História como o tolo que acreditou na potência inevitável da própria ascensão – e possivelmente esqueceu a norma do decoro parlamentar ao mentir na CPI da Petrobras sobre a existência das contas agora atribuídas a ele. Os livros de Histórias, que muitos da foto no gabinete se negaram a ler, terão uma ilustração e tanto para explicar o simbolismo das revoltas contemporâneas: elas só valem para alguns. Os livros serão ilustrados também com patinhos amarelos e vilões infláveis soltos na avenida Paulista. A maturidade política atual é uma gincana atualizada do antigo Xou da Xuxa.
Entre uns e outros, há também os que mudaram de lado com a pena da galhofa e a tinta da melancolia. Marta Suplicy, a prefeita bem votada na periferia paulistana, talvez tenha dificuldade em explicar de que lado está afinal: se dos que protestavam com ela contra o avanço conservador no Congresso ou se ao lado do capitão do avanço conservador, seu novo colega de partido, com quem agora troca afagos públicos.
Pelo visto, o ressentimento caminha numa área turva entre o cinismo e o senso do ridículo, e este parece ter contaminado também Hélio Bicudo, o ex-vice-prefeito de Marta que agora assina parecer pró-impeachment e é tratado como herói pelos meninos fãs do presidente da Câmara: segundo seu próprio filho, o ódio pessoal em relação a Lula (que tem, volto a dizer, muito a explicar sobre a gravidade do momento atual) não é outro se não resultado da frustração de não ter sido indicado a um posto como embaixador.
Com tantos personagens encolhidos após a enxurrada, os livros de História talvez reduzam este período agonizante a um tuíte: “para ganhar a batalha pessoal, esqueceram a biografia"


Fonte:Yahoo.com



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