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Vendas de veículos caem e montadoras dão férias coletivas
Data Publicação:30/03/2014

Depois de reduzir a semana de trabalho para quatro dias na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, a Mercedes-Benz deu férias coletivas de 20 dias para os funcionários da unidade de Juiz de Fora (MG). Com isso, a montadora paralisou toda sua produção de caminhões naquela unidade. Outras fabricantes, como Scania e Ford também adotaram recentemente medidas para reduzir a produção de caminhões. As vendas desses veículos caíram 32,4% neste mês na comparação com o mesmo período de março de 2013. Até quinta-feira foram vendidas 8.049 unidades. Em relação a fevereiro a queda é de 1%. No acumulado do ano, os negócios apresentam retração de 13,9% ante o mesmo intervalo de 2013, para 29.250 unidades, segundo dados preliminares de registros de licenciamentos.


A Mercedes informou que, desde segunda-feira (24 de março), todos os 450 funcionários da linha de produção dos caminhões Actros e Acello estão em férias coletivas na unidade mineira. O retorno está previsto para 14 de abril. No ABC, 2 mil trabalhadores da linha de montagem de caminhões trabalham quatro dias por semana desde o fim de fevereiro. Para as linhas de ônibus e motores não há cortes. A fabricante alega que, além da queda das vendas no mercado interno, a redução das exportações para a Argentina afetaram a produção, que teve de ser readequada.
As empresas também afirmam que Programa de Sustentação dos Investimentos (PSI), do Finame, com financiamento subsidiado venceu em dezembro e demorou a ser renovado, o que paralisou encomendas.

A Scania deu cinco dias de folga aos funcionários de São Bernardo em fevereiro e março e dará mais dois dias em abril, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. No mês passado, a Ford dispensou o pessoal da fábrica de caminhões por cinco dias, mas já opera normalmente. A Iveco informou que não adotou ações de corte de produção na fábrica de Sete Lagoas (MG), assim como a Volvo em Curitiba (PR).

Automóveis
Montadoras de automóveis e comercias leves também adotaram medidas para reduzir a produção. Em fevereiro, a PSA Peugeot Citroën suspendeu temporariamente os contratos de trabalho de 650 funcionários da fábrica de Porto Real (RJ) por período de até cinco meses. A Volkswagen fez o mesmo com 300 funcionários de São José dos Pinhas (PR), divididos em dois grupos de 150 trabalhadores. Eles ficarão afastados por três meses. Em São Bernardo, a empresa deu licença de dez dias na sequência do feriado do carnaval a 5,2 mil trabalhadores, mas todos já retornaram.

Neste mês, até quinta-feira, o segmento de automóveis e comerciais leves registra queda de 23,9% nas vendas ante março de 2013, mas alta de 7,2% em relação a fevereiro. No trimestre, os negócios estão 4,6% menores em comparação a 2013. Somando todos os segmentos, incluindo ônibus, a retração em relação ao primeiro trimestre de 2013 é de 5% até agora, para 781,9 mil unidades.

Este mês deve ser o pior março em vendas desde 2008, segundo executivos do setor. Até quinta-feira foram licenciados 209,9 mil veículos, 24,2% a menos que em março de 2013, mas 6,9% melhor que fevereiro. A média diária de vendas, de 13.121 veículos, é 10% menor quer a de um ano atrás (14.580), mas 6,9% acima da média de fevereiro (12.278 unidades).




Fonte:epocanegocios



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