O volume de crédito concedido pela Financiadora de Estudos e Projetos
(Finep), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, para empresas
inovadoras no país aumentou de R$ 1,1 bilhão, em 2001, para R$ 6,3
bilhões, no ano passado. Segundo o presidente da Finep, Glauco Arbix, os
financiamentos deverão alcançar R$ 10 bilhões neste ano, quase dobrando
em relação a 2013.
A estimativa se baseia no desempenho do Programa Inova Empresa, lançado
há um ano pela presidenta Dilma Rousseff, com orçamento de R$ 32,9
bilhões, dos quais R$ 25 bilhões vêm de recursos da Finep e do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“Nós conseguimos uma demanda agregada, que está em processamento
atualmente, com algumas operações já contratadas, de R$ 93,2 bilhões em
projetos de tecnologia. É um volume de recursos muito forte que mostra a
vontade trabalhar e entrar nas atividades de desenvolvimento
tecnológico e de inovação”, diz Arbix.
A Finep lançou 12 programas vinculados ao Inova Empresa para áreas
consideradas prioritárias pelo governo, como saúde, petróleo, energia,
etanol, telecomunicações, em que o Brasil tem carência de tecnologia.
Para Arbix, o déficit de investimentos na área ocorre pelo desequilíbrio
na balança comercial, que obriga o país a importar tecnologia ou
produtos de natureza tecnológica. “O Brasil tem também a preocupação de
dominar e consolidar tecnologias internamente”, lembra.