Presidente da Fiergs, Heitor Müller, falou também sobre o gargalo da infraestrutura e da alta carga tributária
Produção e encomendas no setor industrial estão menores nos últimos meses do ano, informou o presidente da Fiergs, Heitor José Müller, admitindo apreensão em relação ao próximo ano. “Estamos temendo que esta redução se estenda para 2012” , afirmou durante o Tá na Mesa da Federasul nesta quarta-feira (23). No entanto, ele acredita que o Governo Federal está acompanhando esta situação e tomará alguma medida se a situação se agravar.
Da mesma forma, Müller espera um plano de controle contra a tão temida desindustrialização do País. Para ele, a entrada desenfreada de produtos importados, os altos tributos e as elevadas taxas de juros criam uma competição desigual para a indústria brasileira. “Não podemos deixar o Brasil se tornar uma feira de importados. Isso pode até parecer bom para o comércio, em um primeiro momento, mas é um tiro no pé, pois afeta a indústria e consequentemente a renda do consumidor”, afirma.
O presidente da Fiergs disse ainda que a infraestrutura é um dos problemas mais graves para o desenvolvimento e competitividade da indústria no Rio Grande do Sul, apontando um atraso de mais de dez anos em investimentos sobretudo para as rodovias e portos. “Não temos mais que 400 Km de estradas duplicadas no Estado, não soubemos aproveitar nossas vias fluviais e as ferrovias foram abandonadas”, acrescenta. Para concluir a lista de demandas, Müller citou a educação, lembrando que a escolaridade média do brasileiro ainda é de 7,2 anos. “Defendemos educação de qualidade o que inclui a reciclagem de professores, um sistema de bolsas no exterior e muita atenção ao ensino básico”.
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