Após o editorial de um dos jornais mais liberais da China, o Semanário do Sul, ter sido alterado para beneficiar o governo, trabalhadores entraram em greve e foram apoiados pelo público, que também protestou em frente à sede do semanário, nesta segunda-feira (7/1), informou o G1.
A manifestação aconteceu na capital da província de Guangdong, em Cantão. Segundo o RTP Notícias, os funcionários do jornal exigem a demissão do chefe local de propaganda, Tuo Zhen, acusando-o de ser “ditatorial” numa era de “crescente abertura”. Zhen teria alterado uma mensagem de Ano Novo aos leitores que defendia um governo constitucional, substituindo o texto com palavras de louvor ao Partido Comunista, acusado de reprimir a imprensa.
No protesto, manifestantes exibiam cartazes nos quais se lia frases como “queremos liberdade de imprensa, constitucionalismo e democracia”, “liberdade de expressão não é crime" e "os chineses querem liberdade". De acordo com o jornal de Hong Kong South China Morning Post, “é a primeira vez em duas décadas que o departamento oficial de um grande jornal da China promove abertamente uma greve contra a censura governamental”.
Fonte:portalimprensa
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