A Bolívia foi readmitida na Convenção das Nações Unidas sobre Entorpecentes, que passou a ter uma exceção específica ao país andino, reconhecendo a legalidade de sua tradição histórica de mastigação da folha de coca para usos medicinais e em rituais dentro de suas fronteiras. Ao todo, 15 países se opuseram à exceção acrescentada ao tratado, de 1961, mas, para impedir o retorno do país, era necessário que 62 nações fossem contrárias à medida.
A readmissão ocorre depois que o governo boliviano renunciou à convenção, em julho de 2011, como forma de protesto contra a classificação da folha de coca como uma droga ilegal. A decisão de retirada do país da convenção, que passou a vigorar em janeiro de 2012, foi tomada após ter sido recusada proposta do presidente Evo Morales para modificar o texto do tratado.
O governo boliviano faz uma campanha internacional em favor da descriminalização da folha de coca e da defesa da tradição de cultivo e consumo entre os indígenas da região. Morales argumenta que as folhas da coca, mastigadas ou usadas como chá, não são um narcótico, mas um estimulante natural, usado há séculos pelos povos dos Andes para reduzir a fome e combater o mal-estar provocado pela altitude. O país permite a produção limitada do arbusto da coca.
Fonte:ag Brasil
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