Nações Unidas, 14 jan (EFE).- O Conselho de Segurança da ONU apoiou nesta segunda-feira a intervenção militar da França no Mali, já que foi realizada de acordo com a lei internacional, afirmou o embaixador francês nas Nações Unidas, Gérard Araud, após uma reunião desse órgão.
"A França tem a compreensão e o apoio de todos os membros", declarou Araud após a reunião, realizada a pedido de Paris para discutir as operações militares lançadas na sexta-feira passada para frear a ofensiva do grupo radical islâmico Ansar al Din sobre o centro e o sul do Mali.
Acrescentou que a prioridade da França, após frear essa ofensiva, é a chegada de contingentes africanos para a missão internacional aprovada pela ONU em dezembro e o início de um processo político de reconciliação entre o norte e o sul do país africano.
Araud insistiu sobre o respaldo conseguido por todos os membros do Conselho de Segurança e pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que recebeu hoje favoravelmente o apoio militar de Paris ao Governo de Mali contra os grupos rebeldes islamitas e terroristas no norte desse país.
O embaixador ressaltou que a intervenção militar de seu país "não é mais que um aspecto", já que busca "encorajar" o processo de normalização, para o que é "importante" que se lance "o mais rápido possível" um roteiro com apoio da ONU que inclua o diálogo com os grupos armados do norte que rejeitam o terrorismo.
Araud disse que a ação francesa em Mali "acelerou" o processo de envio de uma força militar africana sob o guarda-chuva das Nações Unidas.
O general nigeriano que comandará essa força já está no Mali e os contingentes de diversos países chegarão "nos próximos dias e semanas", explicou.
O embaixador acrescentou que seu país recebeu ofertas de apoio aéreo logístico por parte de Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Bélgica e Dinamarca para ajudar a transferir essas tropas e o material necessário.
Araud lembrou ainda que seu país tentou evitar até o final envolver-se militarmente no Mali, já que durante o último ano promoveu na ONU três resoluções que buscavam outro tipo de solução.
O Governo francês se decidiu quando, após a ofensiva do Ansar al Din da semana passada, os rebeldes "conquistaram Kona e achamos possível que tomassem Bamaco", o que "punha em risco a existência do próprio Mali". EFE
Fonte:Yahoo
|