Cairo, 8 mar (EFE).- Um tribunal penal egípcio condenou neste sábado à prisão perpétua quatro acusados pelo massacre no estádio de Port Said, ocorrido em fevereiro do ano passado, e confirmou as penas de morte emitidas em janeiro contra outros 21 acusados.
A corte, presidida pelo juiz Sobhi Abdelmeguid, ordenou que os condenados sejam enforcados pelos delitos de "assassinato e tentativa de assassinato" no massacre de Port Said, onde morreram 72 pessoas após enfrentamentos entre torcedores de dois times de futebol.
As penas de morte já haviam sido pronunciadas em 26 de janeiro e enviadas ao mufti - máxima autoridade religiosa do Egito - para que ele emitisse sua sentença, embora ainda restasse a confirmação da Justiça.
Além disso, a corte decretou hoje penas de prisão com prazos de um e 15 anos para o restante dos acusados, ao tempo que absolveu outras 28 pessoas.
Entre os condenados a 15 anos de prisão figuram duas antigas autoridades policiais de Port Said, enquanto outros sete membros da Polícia foram absolvidos.
Segundo constatou a Efe em Port Said, centenas de moradores concentrados na chamada Praça dos Mártires escutaram o veredicto pelo rádio. Muitos deles choraram e deram mostras de indignação por considerar a sentença injusta.
Por outro lado, os torcedores do Al-Ahly celebraram junto à sede do clube, no Cairo, a confirmação das penas de morte e as novas penas de prisão emitidas contra os torcedores do Al-Masry, de Port Said, e autoridades da Polícia. EFE
Fonte:Yahoo.com
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