Conforme a FIERGS, a queda no setor industrial chegou a 13%
Porto Alegre, 19 de março de 2013 – As exportações gaúchas recuaram 8,5% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês de 2012, e somaram US$ 1,08 bilhão. Esse desempenho negativo foi puxado pelos embarques industriais, que caíram 13% e responderam por 83,36% das vendas externas do Estado. “A queda esteve concentrada sobre o segmento industrial, refletindo os entraves à competitividade. Para o restante do ano, espera-se um cenário mais propício para o comércio exterior, a partir da redução da incerteza sobre as questões fiscais nos Estados Unidos e de condições mais favoráveis para a entrada de produtos na Argentina”, afirma o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, ao avaliar a balança comercial divulgada pela entidade, nesta terça-feira (19).
De um total de 25 segmentos da indústria, 11 apresentaram redução no valor exportado em fevereiro, ante o mesmo período de 2012. Quatro deles foram determinantes no resultado negativo do mês devido à elevada participação na pauta industrial do Estado (53,1%): Máquinas e Equipamentos (-25,7%), Tabaco (-24,8%), Produtos Alimentícios (-19,1%) e Produtos Químicos (-18,1%). No sentido oposto, destacaram-se positivamente os Produtos de Metal (40,6%), Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (20%) e Couro e Calçados (14,3%).
Nessa base de comparação, as exportações de commodities do Estado tiveram elevação de 22,6% e atingiram US$ 163 milhões, valor recorde para o mês de fevereiro. O crescimento significativo decorre em parte da baixa base de comparação, que se encontrava deprimida em 2012 devido à forte seca.
No que se refere aos destinos das exportações, os tradicionais países compradores reduziram seus pedidos. A Argentina ficou com a primeira colocação, apesar da retração de 6%, recebendo basicamente veículos automotores, e os Estados Unidos com a segunda (-28%), ao comprar tabaco não manufaturado.
Já importações do Rio Grande do Sul cresceram 52,1%, totalizando US$ 1,65 bilhão. Foi a terceira elevação consecutiva, o que sugere um aquecimento da atividade econômica nos próximos meses. Grande parte do aumento está associada às compras de Combustíveis e Lubrificantes (63,2%), Bens Intermediários (43,3%) e Bem de Capital (87,9%).
Fonte:Unicom
|