Pelo menos 35 pessoas morreram e 2.200 foram resgatadas na cidade de La Plata, capital da Província de Buenos Aires, por conta das fortes chuvas que atingiram a cidade na noite de ontem e durante toda a madrugada de hoje. Segundo o jornal La Nación, o número de mortos pode chegar a 40. A inundação histórica chegou a cobrir metade da cidade. O número de vítimas foi confirmado pelo governador da província, Daniel Scioli, que criou um gabinete de crise com o Ministério da Segurança. Exército, bombeiros e policiais trabalham no resgate dos desabrigados. Em entrevista coletiva, o secretário da Segurança, Sergio Berni, disse que a chuva foi de 400 milímetros. "Isso jamais aconteceu em La Plata. Meia cidade está sem luz. Há pessoas sobre telhados e árvores à espera de socorro".
Em vários bairros da cidade, a água superou 1,5 metro de altura. A maior parte do transporte público estava inoperante durante a manhã. O governador declarou feriado escolar e administrativo e pediu aos moradores que permaneçam em suas casas e evitem movimentar-se pela cidade. Um dos moradores que ficou ilhado em casa foi a mãe da presidente Cristina Fernández de Kirchner, Ofelia Wilhelm. Segundo a rádio Mitre, a casa de Ofelia não foi afetada, mas todo o quarteirão onde ela mora foi ocupado pela água.
O Serviço Meteorológico Nacional prevê temporais para os próximos dias no centro e no sul da Província de Buenos Aires, o que pode provocar mais enchentes na região. A região de La Plata tem cerca de 900 mil habitantes e fica a 50 km da cidade de Buenos Aires. Caos em Buenos Aires. Inundação histórica em La Plata acontecem um dia após outra enchente atingir a Grande Buenos Aires, deixando oito mortos, sendo seis na capital argentina. Cerca de 350 mil pessoas foram afetadas, e, hoje, pelo menos 13 bairros ainda estavam sem luz.
O Observatório Central de Buenos Aires (OCBA) disse que a chuva de ontem marcou um recorde na cidade, com mais de 155 milímetros acumulados em menos de sete horas. O desastre motivou uma nova troca de acusações entre as autoridades do governo e da cidade de Buenos Aires, liderada pelo prefeito conservador Mauricio Macri. Ele disse que as obras que teriam evitado as enchentes não foram feitas por falta de financiamento do governo da presidente Cristina Kirchner.
Fonte:folhapress
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