A posição de vanguarda no estado do Rio Grande do Sul, no que diz respeito ao acompanhamento da qualidade de maternidades, tem servido de modelo para o país. A avaliação é da coordenadora de Assuntos Técnicos da Atenção a Saúde da Criança e do Adolescente, da Secretaria da Saúde do Estado, Eleonora Gehlen Walcher.
- A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul tem sido muito parceira. Identificamos fragilidades na assistência ao parto em pequenos hospitais do interior, e a SPRS foi parceira em evitar partos em pequenas maternidades. Atualmente, o Ministério da Saúde está falando sobre a medida de evitar internações em hospitais com menos de 30 leitos. O Rio Grande do Sul já adotou esta iniciativa desde 2006. Então temos a posição de vanguarda, puxando coisas importantes nacionalmente, o que nos deixa muito felizes - afirmou.
Outra ação que pode ser considerada diferenciada no Rio Grande do Sul é a execução da triagem auditiva. O RS é o único que faz o procedimento em todas as crianças que nascem e a medida também está servindo de referência para o Brasil.
Um dos principais desafios atuais é a inclusão de médicos pediatras nos programas de Saúde da Família.
- Entendemos que deve acontece a contratação de especialistas. Por exemplo, o pediatra para as crianças; o ginecologista e obstetra, para a gestante e o clínico, para atender o hipertenso - defende Eleonora.
A capital gaúcha também conta com ações que beneficiam o atendimento ao público infantil.
- A cidade de Porto Alegre oferece atendimento à criança em todas as unidades de saúde, desde os primeiros dias de vida. A política envolve o acolhimento nos primeiros dias, do 3º ao 7º dia, para o teste do pezinho, orientação sobre o aleitamento materno, avaliação sobre as condições do nascimento da criança e o segmento de puericultura durante os primeiros dois anos. Ainda antes do nascimento, há disponível todo o sistema de atendimento pré-natal e atendimento em todas as seis maternidades conveniadas ao SUS.
Praticamente todas as crianças nascem com uma estrutura com toda a capacidade, isto é, médicos intensivistas em neonatologia e pediatras que fazem a avaliação dessa criança - afirma o coordenador de Assuntos Técnicos da Atenção a Saúde da Criança e do Adolescente, da Prefeitura de Porto Alegre, Carlos Kieling.
A capital gaúcha também conta com politica de triagem auditiva neonatal, implantada em todos os hospitais públicos.
Sobre a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul
A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul foi fundada em 25 de junho de 1936 com o nome de Sociedade de Pediatria e Puericultura do Rio Grande do Sul pelo Prof. Raul Moreira e um grupo de médicos precursores da formação pediátrica no Estado. A entidade cresceu e se desenvolveu com o espírito de seus idealizadores, que, preocupados com os avanços da área médica e da própria especialidade, uniram esforços na construção de uma entidade que congregasse os colegas que a cada ano se multiplicavam no atendimento específico da população infantil. Atualmente conta com cerca de 1.750 sócios, e se constitui em orgulho para a classe médica brasileira e, em especial, para a família pediátrica. |