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Atividade das indústrias gaúchas cresce em maio,mas não recupra as perdas do ano |
Data Publicação:10/07/2014 |
Porto Alegre, 9 de julho de 2014 –
O crescimento de 2,3% na atividade industrial do Estado em maio, na comparação
com o mês anterior, sem os efeitos sazonais, não conseguiu suprir totalmente
as perdas de -4,7% acumuladas em março e abril. O índice mensal ficou positivo
devido ao aumento nas compras de matérias-primas e insumos (6,2%) e na
massa salarial (0,3%). Todas as demais variáveis permaneceram negativas:
horas trabalhadas na produção (-1,5%), faturamento (-0,9%), utilização
da capacidade instalada (-0,5%) e emprego (-0,3%). “Os indicadores continuam
mostrando um desaquecimento no setor e poucos elementos que possam justificar
uma retomada mais vigorosa para os próximos meses”, avaliou o presidente
da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José
Müller, ao divulgar o Índice de Desempenho Industrial do RS (IDI-RS), realizado
pela entidade.
Nos cinco primeiros meses do ano, em relação
ao mesmo período de 2013, o IDI-RS teve uma queda de -2,1%, puxado principalmente
pela forte desaceleração nas compras industriais (-7,7%). “A menor necessidade
de insumos e matérias-primas indica uma retração na produção futura”,
alerta Müller. Também há maior ociosidade nas máquinas e equipamentos com
a queda na utilização da capacidade instalada (-2,0%). O faturamento e
as horas trabalhadas recuaram -1,5% e -1,1%, respectivamente. Os únicos
avanços foram registrados nos indicadores relacionados ao mercado de trabalho:
massa salarial real (3,0%) e emprego (0,3%). De acordo com o presidente
da FIERGS, a atividade das indústrias gaúchas precisa crescer mensalmente
1,0%, em média, de junho a dezembro, para pelo menos neutralizar as perdas
acumuladas até maio.
Ainda nessa base de comparação, dez dos 17
setores industriais pesquisados registraram queda na soma dos cinco primeiros
meses de 2014. Os principais responsáveis, em termos de influência sobre
o resultado global, foram Metalurgia (-15,4%), Veículos Automotores (-6,1%),
Máquinas e Equipamentos (-2,0%) e Couros e Calçados (-2,3%). Os avanços
de maior impacto ficaram com Bebidas (7,2%), Alimentos (4,7%) e Borracha
e Plásticos (3,6%)
Fonte:Unicom
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