Depois da mobilização durante a Copa do Mundo, cerca de 8,5 mil agentes
- sendo 4.459 das forças de segurança pública do Distrito Federal e
aproximadamente 4 mil das Forças Armadas - trabalharão durante esta
semana para garantir a segurança dos 19 chefes de Estado que chegarão em
Brasília e suas delegações. Segundo o secretário de Segurança do Distro
Federal (DF), coronel Paulo Roberto de Oliveira, a última vez que houve
mobilização para receber tantos chefes de Estado na cidade foi em 2005.
Na ocasião, foi realizada a Cúpula América do Sul e Países Árabes, com
nove presidentes sul-americanos e cinco chefes de Estado e de Governo
árabes.
Os eventos desta semana começaram ontem (14), com o encontro bilateral
entre a presidenta Dilma Rousseff e o presidente russo Vladimir Putin.
Amanhã, os presidentes do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia,
Índia, China e África do Sul), que estão reunidos hoje em Fortaleza, se
reunirão no Itamaraty com os presidentes da América do Sul. Na
quinta-feira (17), acontece a Reunião de Cúpula Brasil-China-Quarteto da
Celac-Países da América do Sul-México, que vai reunir os chefes de
Estado e Governo de Antígua Barbuda, da Argentina, Bolívia, de Cuba, do
Chile, da Colômbia, de Costa Rica, do Equador, da Guiana, do México,
Paraguai, Peru, de Suriname, do Uruguai e da Venezuela.
Os chefes de Estado ficarão hospedados em hoteis ou nas Embaixadas de
seus países. O comandante do Comando Militar do Planalto, general Racine
Lima, informou que o Exército fará varredura, que é uma atividade de
prevenção e combate ao terrorismo, por todos os locais e rotas que serão
usados pelas autoridades para evitar qualquer perigo. “Montaremos
também próximo ao Palácio Itamaraty um posto de descontaminação, para
defesa química, biológica, radiológica e nuclear”.
Além disso, o general Racine Lima e o coronel Paulo Roberto de Oliveira
terão, em seus centros de comando integrados, acesso a imagens em tempo
real das operações. “Contamos com as câmeras de monitoramento da
Secretaria de Segurança Pública que estão espalhadas por toda a cidade e
as aeronaves de imageamento que estão sobrevoando os locais de
interesse”, disse o general.
Com tantos chefes de Estado, a população terá incômodos no trânsito.
Alguns deles, momentâneos, apenas para a passagem dos veículos de
escolta e do comboio com as autoridades. Outros maiores, como o bloqueio
para a entrada de veículos do trecho do Eixo Monumental entre a
Catedral e o Ministério da Saúde desde as 10h30 até a saída dos chefes
de Estado do Itamaraty, à tarde, depois do almoço. Quem trabalha nos
ministérios poderá sair usando a via, mas só poderá retornar pelas vias
paralelas alternativas. O trecho entre o Ministério da Saúde e o Palácio
do Planalto estará bloqueado para entradas e saídas de veículos.
No dia 17, um evento cultural em comemoração aos 40 anos de relações
diplomáticas entre Brasil e China levará à interdição, no horário de
pico, da faixa da esquerda e da direita do Eixo Monumental entre o
Estádio Nacional Mané Garrincha - onde os convidados estacionarão seus
veículos - e o Centro de Convenções Ulysses Guimarães, onde acontece o
evento. O secretário de Segurança do DF disse que será “um dia crítico
na questão da mobilidade” e pediu para a população evitar as faixas dos
cantos, usando apenas as quatro faixas centrais da via.