O Banco Central (BC) anunciou hoje (25) medidas para melhorar a
distribuição de liquidez (recursos disponíveis) na economia. Foram
alteradas normas de recolhimentos compulsórios – dinheiro que os bancos
são obrigados a deixar depositados no BC, sobre recursos a prazo e à
vista – com impacto estimado em R$ 30 bilhões.
Segundo o BC, para adotar as medidas foi considerada a evolução dos
recolhimentos compulsórios nos últimos anos, que passou de R$ 194
bilhões ao final de 2009 para cerca de R$ 405 bilhões atualmente. O BC
também cita a recente moderação na concessão do crédito, a inadimplência
em patamares relativamente baixos e o recuo do nível de risco no
sistema financeiro nacional.
Uma das medidas permite que até 50% do recolhimento compulsório
referente a depósito a prazo sejam cumpridos com operações de crédito.
Assim, pelo prazo de um ano, 50% dos valores recolhidos poderão ser
usados pelos bancos na contratação de novas operações de crédito e na
compra de carteiras diversificadas (pessoas jurídicas e físicas) de
outras instituições.
O BC ampliou o rol de instituições financeiras elegíveis – de 58 para
134 – à condição de cedentes (vendedoras) das operações para fins de
dedução do recolhimento. Instituições financeiras cujo Patrimônio de
Referência Nível 1, na posição de dezembro de 2013, seja inferior a R$
3,5 bilhões serão elegíveis, sem restrições.
A outra medida teve o objetivo de ampliar o número de bancos que
poderão usar parte (até 20%) de seus recolhimentos compulsórios sobre
depósitos à vista para empréstimos e financiamentos que sejam
enquadráveis no Programa de Sustentação do Investimento (PSI). Para
isso, o BC reduziu de R$ 6 bilhões para R$ 3 bilhões o valor do
Patrimônio de Referência Nível 1 das instituições.