O faturamento com vendas por comércio on-line cresceu 26% no primeiro semestre deste ano no Brasil, chegando a R$ 16,06 bilhões. O principal destaque do período foi a comercialização de televisores: em junho, esses aparelhos representaram 48% dos eletrônicos vendidos pela web. Trata-se de uma alta expressiva em relação aos 36% de participação que o produto registrou na categoria em fevereiro, de acordo com dados da consultoria E-bit. Por causa disso, a empresa considera que a Copa do Mundo teve impacto positivo sobre o setor, apesar de, durante o evento, as vendas terem caído 15% em relação ao mês anterior: entre os dias 12 de junho e 13 de julho, quando aconteceu o Mundial, esse mercado faturou R$ 2,5 bilhões, contra R$ 2,9 bilhões dos 30 dias anteriores. "O varejo reclamou bastante [do período do Mundial]. Houve queda de tráfego. As pessoas estavam preocupadas com os jogos, em tomar cerveja na Vila Madalena", diz Pedro Guasti, diretor-executivo da E-bit, em referência ao bairro de São Paulo que viveu dias de efervescência durante o evento. Assim como aconteceu com outros produtos relacionados à Copa, o preço dos aparelhos de TV caiu no primeiro semestre nas vendas pela internet. Esses aparelhos ficaram 6,43% mais baratos no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2013, de acordo com o índice Fipe/Buscapé. Em uma cesta de 13 categorias de produtos associados mais diretamente ao evento, que vão de cooler para bebidas a chuteira, os preços tiveram queda de 6,65% no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado. ]"Provavelmente as empresas pensaram que o nível de vendas estava baixo e aumentaram as ofertas", diz Guasti. No geral, os preços cobrados na internet caíram menos (1,46%). Seguindo uma tendência que vem desde o ano passado, os produtos mais vendidos pela internet foram os da categoria moda e acessórios, que representaram 18% do volume total de pedidos. A lista segue com cosméticos, perfumaria e saúde (16%), eletrodomésticos (11%), livros e assinaturas de revistas (8%), telefonia (7%) e informática (7%). Para o ano, a E-bit prevê que o setor feche com faturamento de R$ 35 bilhões, uma alta de 21% em relação a 2013.
Fonte:folhapress
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