Publicação da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética
desta semana aponta o Brasil como o país que mais fez cirurgias
plásticas estéticas em 2013. Ao todo, foram mais de 11,5 milhões de
procedimentos em todo o mundo. O Brasil foi responsável por 12,9%, cerca
de 1,49 milhão. Em seguida, aparecem os Estados Unidos (12,5%), o
México (4,2%), a Alemanha (3%) e a Colômbia (2,5%).
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, João de
Moraes Prado Neto, um dos fatores que contribuíram para o Brasil
ultrapassar os Estados Unidos no ranking foi a alta do poder aquisitivo
de parte da população brasileira. Outro fator é o aumento do número de
cirurgiões plásticos no país, o que levou a reduzir o preço dos
procedimentos, tornando-os mais acessíveis.
A qualidade das cirurgias e o culto à beleza levaram o brasileiro a procurar a cirurgia estética.
Quando são considerados os procedimentos não cirúrgicos, como aplicação
de botox e de preenchimento, os Estados Unidos continuam em primeiro
lugar. O mais procurado é o botox.
Em todo o mundo, pouco mais de 87% dos procedimentos cirúrgicos e não
cirúrgicos foram feitos em mulheres, de um total de mais de 20 milhões.
Os mais procurados por elas são o aumento das mamas, a lipoaspiração, a
cirurgia de pálpebra, a lipoescultura e o lifting de mama. Já entre os
homens, a procura é maior pela cirurgia de nariz, a ginecomastia
(redução das mamas), a cirurgia de pálpebra, a lipoaspiração e a
cirurgia de orelhas.
Prado Neto alerta que quem quiser fazer uma cirurgia plástica deve
consultar um especialista. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
disponibiliza uma lista com nomes de profissionais habilitados. “Se o
nome não estiver lá, não é cirurgião plástico”, disse.
“A pós-graduação para cirurgia plástica dura cinco anos. São 15.500
horas de atividades. Enquanto isso, alguns médicos fazem cursos de 400
horas e se dizem especialistas, não são. Podem produzir desastres,
tragédias”, destacou.