Ós 20 anos da série, traz duas versões do ouriço: a clássica e rechonchuda versão dos títulos de Mega Drive, e a moderna, mais alta, de olhos verdes e atitude mais radical, representando a fase atual, que estreou no falecido Dreamcast e dura até hoje. Ambos se encontram quando uma entidade desconhecida distorce o espaço e o tempo do universo da série, colocando passado e presente num só plano. Daí, os dois unem forças para trazer tudo de volta ao seu estado normal e derrotar o novo inimigo.
A reunião entre os dois também define o modo de jogar. As fases do Sonic clássico são de plataforma em 2D, que exigem menos velocidade, mais cadência e os saltos certeiros dos primeiros e mais famosos títulos da série. Por outro lado, os estágios do Sonic moderno são corridas desenfreadas com algumas pitadas de plataforma e reflexos rápidos, alterando a perspectiva da câmera entre duas e três dimensões. O jogo tem nove mundos, cada um com duas fases: uma para ser jogada pelo Sonic clássico, e outra pelo Sonic moderno, totalizando 18 estágios
Existem várias coisas que fazem menção aos games antigos do personagem, como os escudos e poderes de Sonic the hedgehog 3. É possível até ensinar truques do ouriço moderno ao clássico, como os ataques teleguiados. Para os devotos da série, o jogo oferece um prato cheio de agrados, como a opção de jogar a fase com músicas dos games antigos — ainda que a trilha sonora de Generations seja excelente.
Sonic generations é o tributo perfeito ao nome mais importante da Sega, lembrando tanto os momentos bons quanto os ruins da franquia ao longo de 20 anos e quatro gerações de consoles. Há pontos a reclamar, como o baixo número de fases, em especial da época clássica do herói, mas os pontos positivos superam — e muito — os pontos negativos. E, considerando a recente má fase de Sonic, já é uma enorme conquista, e abre o caminho para que o ouriço volte a correr em direção a uma nova época de glórias.
Sonic foi criado em 1991 para o Genesis (Mega Drive no Brasil), e se tornou a principal figura na comeptição entre a Sega e a Nintendo, que tinha no mascote Mario o seu principal nome. Até 1999, todos os games do ouriço eram exclusivos de consoles da Sega. No entanto, quando a companhia japonesa se retirou do mercado de consoles, o personagem passou a aparecer em outras plataformas — inclusive da própria Nintendo.
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