São Paulo - Suzane Von Richthofen se casou, em setembro, com uma
sequestradora dentro da penitenciária de Tremembé, no interior de São
Paulo. Com esta novidade, a ex-estudante — condenada por participar da
morte dos pais em 2002 e presa há 12 anos — passou a desfrutar de
regalias dadas apenas a casais dentro da prisão.
De acordo com o jornal Folha de S.
Paulo, Suzane se uniu no mês passado a Sandra Regina Gomes, condenada a
27 anos pelo sequestro de uma empresária em São Paulo. A companheira de
Richthofen, entretanto, acaba de sair de um relacionamento com Elize
Matsunaga, detida por matar e esquartejar o marido Marcos Matsunaga, em
2012. Com o casamento, Suzane tem o direito de dormir com a
companheira. Na ocasião, ela teve que assinar um documento de
reconhecimento afetivo, o que é exigido para as presas que decidem viver
juntas. Com esta nova regalia, a ex-estudante trocou a ala das
evangélicas, onde vivia, e agora está na cela das presas casadas, onde
divide espaço com mais oito casais.
Segundo o jornal, Elize e Sandra estavam juntas
desde o início do ano e o fim do relacionamento ocorreu por causa de
Suzane. As três presas trabalhavam juntas na fábrica de uniformes do
presídio de Tremembé, em que Richthofen é a chefe. A Folha de S. Paulo
informou ainda que o ocorrido rompeu a amizade entre as detentas.
De acordo com informações, o casamento é
apontado como um dos motivos para que a ex-estudante tenha aberto mão do
direito de passar os dias fora da prisão. Um direito que a Justiça lhe
concedeu no mês de agosto, a chamada "progressão de regime". Na mesma
ocasião, Suzane disse ter aberto mão da herança dos pais e que gostaria
de uma reaproximação com o irmão. Os agentes penitenciários afirmam que Suzane é conhecida
por ser persuasiva e sedutora. O jornal relatou que em outras
penitenciárias por onde passou, Richthofen chegou a despertar outras
paixões. Em Rio Claro, por exemplo, duas funcionárias do presídio se
apaixonaram por ela. E em Ribeirão preto, um promotor teria prometido a
Suzane que iria lutar para tirá-la da "vida do crime". O caso foi
denunciado pela própria detenta, mas o promotor nega o assédio.
Pelas regras da prisão, a troca de
Elize por Suzane obrigou Sandra a passar por um período de quarentena.
De acordo com as normas, o presídio proíbe um casamento logo após o
término de um relacionamento. A reportagem relata que de acordo com
pessoas próximas a Suzane, a ex-estudante pretendia fazer uma cerimônia
em novembro, mas após saber que uma emissora de TV preparava uma
reportagem sobre ela, Richthofen decidiu cancelar.
Fonte:O dia
|