Condenado pela Justiça Federal em São Paulo a três anos e seis meses
de prisão por falsificação de documento para tentar liberar bens
bloqueados, o ex-senador pelo Distrito Federal Luiz Estevão foi
autorizado pela Vara de Execuções Penais do DF a cumprir o restante da
pena no regime aberto.
O ex-senador, que responde na Justiça a processo por fraude em
licitações e superfaturamento na construção do prédio do Tribunal
Regional do Trabalho de São Paulo, na década de 90, foi autorizado a
passar para regime aberto por já ter cumprido um sexto da pena e ter bom
comportamento carcerário.
A decisão da Vara de Execuções Penais foi tomada na última
quinta-feira (5). Luiz Estevão deixou a prisão nesta terça-feira (10)
depois de audiência com o juiz. A partir de agora, o ex-senador deverá
informar endereço fixo, não podendo deixar o DF sem comunicar à Justiça.
Não poderá estar fora de casa das 22h às 5h, salvo prévia autorização,
deve permanecer em casa nos domingos e feriados por período integral e
comparecer bimestralmente à Vara de Execuções Penais.
Longe da prisão, o ex-senador não poderá andar em companhia de
pessoas que se encontrem cumprindo pena, seja em regime aberto,
semiaberto, fechado, ou livramento condicional, e não poderá portar
armas de qualquer espécie.
O ex-senador foi preso no dia 27 de setembro por determinação do
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli. O ministro
entendeu que o recurso de Luiz Estevão contra decisão da Justiça Federal
em São Paulo é procrastinatório e visa a atrasar a execução da pena de
três anos e seis meses de prisão no processo em que o ex-senador pelo
Distrito Federal foi condenado por falsificação de documento para tentar
liberar bens bloqueados.
Estevão foi preso em Brasília e levado para a Penitenciária de
Tremembé, em São Paulo. A primeira sentença foi decidida pela Justiça
Federal naquele estado. Em novembro do ano passado, a juíza Wania Regina
Gonçalves, da comarca de Taubaté (SP), atendeu a pedido feito pela
defesa do ex-senador para que cumpra pena perto da família, no presídio
da Papuda, no Distrito Federal.
Fonte:folhapress
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