O mercado financeiro elevou pela 14ª semana
consecutiva sua projeção para a inflação deste ano medida pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). De acordo com o Relatório
Focus divulgado nesta segunda-feira, 6, pelo Banco Central, a
estimativa do grupo de economistas ouvidos pela autoridade monetária
passou de 8,13% para 8,20%. Há um mês, a previsão para a alta de preços
de 2015 era de 7,77%. O próprio Banco Central espera uma inflação de
7,9% este ano.
No Top 5 de médio prazo, que é o grupo dos economistas que mais
acertam as previsões, a mediana para o IPCA deste ano segue acima da
banda superior de 6,5% da meta e passou de 8,33% para 8,44% esta semana.
Quatro semanas atrás, estava em 7,97%.
Para o fim de 2016, a mediana das projeções para o IPCA foi mantida
em 5,60%. Quatro semanas atrás estava em 5,51%. Já no Top 5, a projeção
para a inflação ao final do ano que vem foi mantida em 5,64% - um mês
antes estava em 5,45%. De acordo com o Relatório Trimestral de Inflação
do BC divulgado no mês passado, a taxa ficará em 4,9% pelo cenário de
mercado - que considera juros e dólar constantes - ou em 5,1%,
levando-se em consideração as estimativas da Focus imediatamente
anterior ao documento.
As expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente seguem
elevadas, mas voltaram a mostrar recuo. Nesta edição de hoje, essa
projeção passou de 6,30% para 6,11% - um mês antes estava em 6,53%. No
curto prazo, os preços mostram mais descontrole.
Depois da alta de 1,24% de janeiro, revelada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e de 1,22% em fevereiro, a
projeção para a taxa em março também segue acima de 1%. De acordo com o
boletim Focus, a mediana das estimativas permaneceu em 1,40% - um mês
antes, estava em 1,14%. Algum refresco para a inflação mensal é
aguardado apenas para abril, quando o índice deve ter alta de 0,64% -
acima dos 0,62% previstos na semana anterior e dos 0,58% estimados
quatro edições da Focus atrás.