Os Estados Unidos liberaram 103 cartas e declarações encontrados na
casa de Osama bin Laden. O líder terrorista foi morto em 2011 pelos
americanos, dez anos depois do 11 de setembro.
Osama bin Laden não se satisfez com a queda das Torres Gêmeas e a
morte de quase 3 mil pessoas. Os documentos revelados na quarta-feira
(20) mostram a obsessão dele em atacar de novo. O alvo preferencial,
onde quer que fosse, eram os americanos.
Bin Laden chegou a ordenar ataques, que não deram certo, na Europa e
até na Rússia. No Oriente Médio, ele temia os drones dos Estados
Unidos usados em operações militares. Os papéis ainda revelaram fichas
de inscrição para recrutar jihadistas.
Os candidatos tinham que responder: "Você deseja ser um suicida? E quem devemos avisar caso você se torne um mártir?"
Os documentos mostram como Bin Laden não gostava da tecnologia nos
negócios da Al-Qaeda. Ele achava que a ciência dos computadores não era
coisa para eles. Pedia cuidado com os e-mails, dizendo que era fácil
para os Estados Unidos interceptarem a comunicação e também achava
prematuro e arriscado tentar estabelecer um Estado Islâmico nos seus
domínios.
Ou seja: Bin Laden, em algumas questões estratégicas, era o oposto do
grupo Estado Islâmico, que proclamou um governo próprio nas áreas que
controla, faz uso intenso da tecnologia e, assim, se tornou a
organização terrorista que, hoje, mais preocupa os Estados Unidos.
Todo o material, revelados pela inteligência dos Estados Unidos, foi
apreendido na operação de caça ao terrorista, em um conjunto
em Abbottabad, no Paquistão, em maio de 2011, quando ele foi morto por
militares americanos.
Há dez dias, um jornalista publicou um artigo dizendo que o governo
americano mentiu sobre a operação. Ele afirmou que não foi trabalho só
dos Estados Unidos e o Paquistão ajudou. A Casa Branca negou com
veemência o que o jornalista escreveu.
Fonte:G1
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