A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apresentou hoje (13)
proposta para uma redução de 18% no valor adicional pago pela energia
elétrica, indicado pela bandeira vermelha – mecanismo adotado nas contas
de luz para informar ao consumidor se ele está pagando mais caro. A
redução já havia sido sinalizada pela presidenta Dilma Rousseff no dia
11, durante o lançamento do Programa de Investimento em Energia Elétrica
(Piee).
Apresentada na audiência pública da agência, a proposta reduz o valor
pago na cobrança extra, dos atuais R$ 5,50 por cada 100 quilowatts-hora
(kWh) consumidos, para R$ 4,50. Essa redução representa para o
consumidor uma redução média de 2% no valor final a ser pago.
A diminuição desses valores será possível devido ao desligamento de
21 usinas termelétricas que produziam cerca de 2 mil megawatts médios de
energia a um Custo Unitário Variável maior que R$ 600 por
megawatt-hora. Os desligamentos foram decididos no dia 5 de agosto pelo
Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, que solicitou então à Aneel
um estudo que simulasse o impacto dos desligamentos dessas térmicas nas
receitas das bandeiras tarifárias.
O estudo foi apresentado na audiência de hoje. Amanhã (14), começa o
prazo para o recebimento de sugestões e questionamentos ao estudo
apresentado. Está prevista nova audiência no dia 28, quando será tomada a
decisão final. Os novos valores da bandeira vermelha deverão ser
cobrados a partir de 1º de setembro.
O sistema de bandeiras tarifárias sinaliza aos consumidores os custos
reais da geração de energia elétrica. As bandeiras funcionam como um
sinal de trânsito. A bandeira verde significa custos baixos para gerar a
energia, portanto, a tarifa não terá nenhum acréscimo naquele mês. A
bandeira amarela indica que a tarifa terá acréscimo de R$ 2,50 para cada
100 kWh consumidos. A bandeira vermelha informa que o custo da geração
naquele mês está mais alto. Ainda não há previsão sobre a mudança da
bandeira vermelha para a amarela.
Fonte:ag brasil
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