Em 2009, a atriz, autora e produtora Vanessa Dantas dedicou-se a uma empreitada curiosa: transformou a ópera O Barbeiro de Sevilha, escrita pelo italiano Gioachino Rossini em 1816, num musical para crianças. Na adaptação, a ação mudou-se da Europa para o Nordeste brasileiro e as árias ganharam arranjos para ritmos regionais. Acertada montagem, O Barbeiro de Ervilha foi indicada a cinco categorias do Prêmio Zilka Salaberry — venceu na de melhor música. Vanessa repete a dose com A Borralheira, uma Opereta Brasileira, adaptação de outra ópera de Rossini: La Cenerentola, baseada no conto Cinderela, de Charles Perrault. A direção é de Fabianna de Mello Souza, ex-integrante da trupe francesa Le Théâtre du Soleil.
Agora a ação se passa no sertão de Minas Gerais. Enquanto a linguagem evoca o estilo do escritor Guimarães Rosa, a estética remete a artistas como Mestre Ataíde e Aleijadinho e a música, executada ao vivo, incorpora ritmos daquele estado. Na trama, a jovem Angelina (Julia Gorman), rejeitada pelo pai, vai parar na casa de Dom Magnífico (Marino Rocha), que vive com suas filhas Clorinda (Vanessa Dantas) e Tisbélia (Anna Bello). Lá, ela come o pão que o diabo amassou até cruzar o caminho de Dom Ramiro (Danilo Timm).
A Borralheira, uma Opereta Brasileira. Livre. Teatro Oi Casa Grande (926 lugares). Avenida Afrânio de Melo Franco, 290, Leblon, ☎ 2511-0800. Sábado e domingo, 15h. R$ 60,00. Bilheteria: a partir das 12h (sáb. e dom.). IC. Até 4 de março. Estreia prometida para sábado (21).
Fonte:veja rio
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