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Depois de desenho na lousa, professor ganha computador para dar aula |
Data Publicação:06/03/2018 |
A imagem do professor Richard Appiah Akoto, que leciona informática em uma escola em Sekyedomase, Gana, chamou a atenção de muita gente na última semana. Akoto, de 33 anos, é professor de tecnologia da informação e comunicação na escola, que não tem nenhum computador.
No país, alunos de 14 e 15 anos devem passar anualmente por uma prova de conhecimentos em uma série de matérias, incluindo informática, para que ingressem no ensino médio. A prova é tão complexa para os alunos que no ano passado apenas um jovem da escola conseguiu tirar nota máxima.
“Definitivamente, aqueles que moram em Accra [capital de Gana] passarão no exame porque você não pode comparar alguém que está na frente de um computador, que sabe o que está fazendo com o mouse com alguém que nunca tocou em um mouse antes”, explica.
O professor conta que possui um notebook pessoal, mas não o usa em sala de aula porque seus recursos diferem no que está no programa oficial de ensino do governo, que inclui, por exemplo, que ele mostre as partes do monitor e ensine a conectar um computador a uma tela. “Se eu levar um laptop carregado para a sala e simplesmente pressionar o botão liga/desliga, não vai dar certo”, afirma.
“Esta não é a minha primeira vez [que desenho]. Faço isso sempre nas aulas… Eu gosto de postar fotos no Facebook, então eu só fiquei com vontade de compartilhar. Eu não sabia que isso chamaria a atenção das pessoas assim”, explica o professor.
A empresária de tecnologia Rebecca Enonchong foi uma das pessoas que viu a imagem e decidiu fazer algo para mudar a situação. Pelo Twitter, ela entrou em contato com a Microsoft África e contou a história do professor, que tentava ensinar seus alunos a usar um dos produtos da empresa. “Com certeza vocês podem dar a ele os recursos adequados”, disse. A companhia recebeu a mensagem e afirmou que vai doar ao professor um computador e o material educacional necessário para que ele ministre suas aulas mais facilmente.
Questionado sobre a repercussão do caso, Akoto agradece a iniciativa, mas revela que outras escolas da região enfrentam a mesma dificuldade e também precisam de doações.
Fonte:Yahoo.com
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