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Conheça Ernesto, o brasileiro de mais de 2 mil anos de idade que teve o rosto reconstruído por pesquisadores |
Data Publicação:01/04/2018 |
Um povo que não conhece sua história não tem futuro, é o que diz o ditado popular. Então imagine conhecer alguém que viveu mais de 2 mil anos atrás! Nessa semana, pesquisadores da Faculdade São Leopoldo Mandic e do Museu Nacional da UFRJ divulgaram a reconstrução da face de um homem que viveu há mais de 2 milênios na região onde hoje fica o rio de Janeiro. O homem foi batizado de Ernesto, o brasileiro mais velho já conhecido. Como os cientistas conseguiram fazer isso?
Às vezes é difícil perceber, mas a história é um processo contínuo. Tudo começou na década de 1980, quando arqueólogos do Museu Nacional da UFRJ encontraram um esqueleto em ótimo estado de conservação no Sítio Arqueológico do Zé do Espinho, região de Guaratiba, no rio de Janeiro.
Logo, sanar a curiosidade de quem foi aquela pessoa também seria uma questão de tempo… Muito tempo! Apenas agora, em 2017 o instituto teria a tecnologia para reproduzir como teria sido o rosto do carioca milenar. Para chegar no resultado mais próximo possível da realidade os acadêmicos lançaram mão de uma técnica chamada osteobiografia.
O processo
Apesar do nome complexo, o processo exibe resultados esclarecedores. Consiste na reconstituição de características, como idade, gênero e estatura. Além disso, também foi possível saber algumas informações sobre doenças, costumes e atividades físicas. Tudo para descobrir o máximo sobre quem era e como viveu o indivíduo.
“Para reproduzirmos o rosto, foi feita uma réplica virtual do crânio a partir de fotografias com câmera digital. As imagens foram processadas obtendo o crânio 3D. Estruturas anatômicas foram modeladas virtualmente e por fim recobertas com uma camada de pele que se adapta sobre o conjunto, respeitando a interação entre as partes ósseas e moles”, explica Paulo Miamoto, professor das Disciplinas de Odontologia Legal e Anatomia da Faculdade São Leopoldo Mandic e responsável pela parte tecnológica da reconstrução facial.
Para chegar ao resultado final não foi preciso nem tirar os ossos do prédio do Museu. O estudo anatômico do crânio permite estimar a posição e aspecto das estruturas da face, como os músculos, olhos e nariz. Um procedimento não invasivo escaneou os ossos do indivíduo e, como a ajuda de um software de licença livre, o modelo 3D foi desenvolvido através de camadas tridimencionais. “O processo termina com o acabamento, que adiciona detalhes à face, como marcas de expressão, cabelos e iluminação”, pontua o professor Paulo Miamoto.
Fonte:Yahoo.com
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