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Delação da JBS, que abalou o governo Temer, completa um ano nesta quinta-feira |
Data Publicação:17/05/2018 |
Há um ano, áudios comprometedores envolvendo o presidente da República e um senador quase derrubaram o governo. Naquele dia, 17 de maio de 2017, as delações premiadas dos executivos do grupo J&F foram tornadas públicas, abalando as estruturas do governo de Michel Temer e deflagrando a mais grave crise de seu mandato, que também atingiram o tucano Aécio Neves, um de seus principais aliados.
Graças as provas apresentadas pelos irmãos Batista e mais cinco executivos do grupo, Temer se transformou no primeiro presidente brasileiro denunciado por um crime comum no exercício do mandato. Aécio, que havia disputado o segundo turno das eleições com Dilma Rousseff, virou réu em uma ação penal e viu suas pretensões políticas irem por água abaixo.
Os empresários, donos da maior processadora de proteína animal do mundo, já estavam na mira da Polícia Federal há algum tempo. Para proteger os negócios e evitar a prisão, decidiram gravar políticos em situações suspeitas. Em troca das provas que tinham, receberam benefícios, entre eles a promessa de não serem processados.
A delação rendeu até agora 91 investigações sobre o envolvimento de políticos e agentes públicos em esquemas de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e caixa dois em esferas diversas – a JBS foi a maior doadora a campanhas nas eleições de 2014.
Além das suspeitas levantadas contra Temer e Aécio, os delatores relataram repasses para campanhas dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, além de outras dezenas de nomes.
O ex-ministro Geddel Vieira Lima, Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil e Moreira Franco, ministro de Minas e Energia foram denunciados juntamente com Temer.O mesmo ocorreu com Rodrigo Rocha Loures, o “homem da mala”.
Dois amigos do emedebista, o coronel João Baptista Lima Filho e o advogado José Yunes, se tornaram réus.
Fonte:Yahoo.com
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