O mecânico Luís Carlos Rodrigues, de 51 anos, foi absolvido por júri popular da acusação de matar a namorada, a gari Welda Tavares da Silva Mendonça, de 34 anos, após brigarem em um bar, em Goiânia. No julgamento, ocorrido na manhã desta terça-feira (22), os jurados seguiram pedido da defesa do réu, que pedia absolvição por ausência de provas. O Ministério Público de Goiás (MPGO) informou que não vai recorrer da sentença.
Antes da absolvição, os jurados também decidiram, por 4 a 3, negar a qualificadora do homicídio - por asfixia - apresentada pelo MP-GO. De acordo com a denúncia, vítima queria entrar em uma casa de dança, mas o companheiro, não. O réu negava ter cometido o crime, em 2009.
A decisão revoltou a dona de casa Ulisteia Tavares da Silva Oliveira, irmã de Welda. Ela e vários outros parentes da vítima estiveram no Fórum Civel para acompanhar a sessão, presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara.
"É uma injustiça muito grande. Não tenho dúvidas que foi ele. Ele batia muito nela. Minha irmã apanhou várias vezes, inclusive na frente dos filhos. Ela morreu igual a um cachorro", lamentou.
O crime ocorreu no dia 17 de janeiro de 2009, no Setor Parque Oeste Industrial. Porém, o corpo dela foi localizado somente quatro dias depois, em uma lote baldio próximo a uma casa de dança. Welda deixou dois filhos.
Julgamento
O réu chegou ao julgamento duas horas atrasado à sessão, às 10h30, alegando que havia se perdido, pois "não conhecia a região". A fala do promotor de Justiça Maurício Camargos teve de ser interrompida para que ele fosse interrogado. O mecânico negou o crime, mas confirmou que a relação do casal era tumultuada.
"Nunca [teria cometido o crime]. Não sei quem foi. Querem me ferrar, mas não sei o motivo. Era um relacionamento bom, mas conturbado. Ela furtava as coisas lá de casa. Nunca agredi, só uns empurrões", disse o acusado.
Fonte:https://g1.globo.com/go/goias
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