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Novo protesto contra o governo mergulha França no caos |
Data Publicação:01/12/2018 |
Cerca de 75 mil pessoas participaram neste sábado dos protestos dos "coletes amarelos", franceses que se manifestam contra as políticas fiscal e social do governo de Emmanuel Macron. As manifestações resultaram em confrontos violentos entre "agitadores" e as forças de segurança, principalmente em Paris.
O movimento, de classes menos favorecidas e que sacode a França há duas semanas, também provocou distúrbios em outras províncias. No fim da tarde, o saldo era de 64 feridos e 205 detidos em todo o país, segundo a polícia.
No coração de Paris, a cena era de guerrilha urbana, com homens encapuzados erguendo barricadas, queimando veículos, quebrando vitrines e lançando objetos contra policiais em bairros luxuosos e turísticos da capital francesa.
A avenida Champs-Elysées foi alvo do caos e o Arco do Triunfo sofreu pichações e foi tomado por manifestantes. Nas avenidas vizinhas, havia barricadas em chamas, algumas formadas por carros virados e incendiados, sob uma nuvem de gás lacrimogêneo.
O primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, disse que estava "abalado" pela violência em Paris, e as forças de segurança continuavam lidando com "agitadores" sem coletes em diferentes áreas da capital no começo da noite.
Incidentes e focos de violência paralelos à manifestações dos coletes amarelos também ocorreram em outras cidades francesas, entre elas Lille, Charleville-Mézières, Estrasburgo, Toulouse e Nantes, onde 50 manifestantes invadiram o aeroporto local.
Este é o terceiro dia de protestos na França, após os de 17 e 24 de novembro. Em Paris, os confrontos começaram depois do meio-dia, em torno do Arco do Triunfo, entre policiais e manifestantes, alguns deles encapuzados.
O líder da França Insubmissa (LFI, esquerda radical), Jean-Luc Mélenchon, denunciou a "crueldade incrível contra manifestantes pacíficos no Arco do Triunfo", e acusou o governo de "instigar o medo".
Os manifestantes que prostestavam pacificamente vestindo o icônico colete amarelo fluorescente foram pegos no fogo cruzado na avenida. Entre eles, estava Chantal, uma aposentada de 61 anos que tentava não se aproximar da confusão: "Fomos informados de que havia baderneiros à frente". Para ela, "ele (Macron) deve descer do pedestal, entender que o problema não é o imposto, é o poder de compra. Todo mês eu tenho que recorrer à poupança."
Cerca de 5 mil agentes foram mobilizados na capital, onde também se manifestaram milhares de pessoas convocadas pelo sindicato CGT em favor do emprego, e estudantes.
Fonte:Yahoo.com
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