Sete suspeitos de fraude em
vestibular foram presos em Uberaba (MG) no final da tarde deste sábado,
6. Eles prestavam a prova para o curso de medicina e teriam desembolsado
R$ 10 mil para receber o gabarito e, caso fossem aprovados, pagariam
mais R$ 40 mil cada. A quadrilha responsável por passar os resultados
seria de São Paulo, segundo as apurações da Polícia Civil. Os
estudantes flagrados são das cidades de Itápolis (SP), Tabatinga (SP),
Aparecida do Taboado (MS), Conceição das Pedras (MG), Umuarama (PR) e
Sud Menucci (SP). Eles foram levados para a delegacia, onde foi
arbitrada uma fiança de R$ 5 mil para que pudessem ser soltos. A
tentativa de fraudar o vestibular ocorreu na Uniube (Universidade de
Uberaba). O trabalho de investigação contou com o apoio da
polícia de São Paulo. Durante a ação, policiais civis se passaram por
fiscais para acompanhar os suspeitos durante a prova. Eles tinham
celulares escondidos nas roupas íntimas e receberam o gabarito através
de uma mensagem codificada. Os resultados teriam sido passados pela
quadrilha que conta com o trabalho de um "piloto", como é chamada a
pessoa que faz o exame primeiro e informa os comparsas. Os
sete envolvidos teriam pedido para ir ao banheiro ao mesmo tempo, às
18h, ocasião em que acessariam o gabarito. Na tarde deste domingo, 7, o
delegado da Polícia Civil de Uberaba, Luiz Tortamano, contou os detalhes
da operação. Segundo ele, a polícia paulista tenta agora identificar a
quadrilha, cujos membros seriam da região de Fernandópolis (SP)
Os estudantes já pagaram a fiança
e foram liberados, mas podem pegar de 1 a 4 anos de reclusão. Todos são
de classe média ou alta e têm entre 19 e 30 anos. O vestibular que
tentavam burlar tem na disputa 50 candidatos por vaga para o curso de
medicina. Em nota, a coordenadora do exame na Uniube,
Marilene Ribeiro, diz que "que nenhum vestibulando sai da sala levando o
caderno de provas" e que policiais elogiaram os procedimentos da
universidade, que não permite a entrada de inscritos sem passar por
revista. "Os flagrados certamente utilizaram de alguma estratégia para
esconder os aparelhos", justificou.
Fonte:Estadão
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