A onda de manifestações populares pelo país tem como um de seus principais focos os gastos públicos com a realização da Copa das Confederações e com a Copa do Mundo. Vários protestos tem ocorrido nas cidades-sede dos torneios, principalmente próximos aos estádios construídos para os eventos. Membro do COL (Comitê Organizador Local), Ronaldo tem acompanhado o clamor das ruas e resolveu se posicionar a favor da revolta popular, mas tentou livrar a cara da Fifa e do COL.
“O povo não é contra a realização da Copa do Mundo. É contra o desvio de dinheiro. O Mundial é a grande oportunidade de o Brasil receber grandes investimentos. E isso não justifica os desvios e o alto custo das obras. Um país com tanta riqueza não pode viver no caos”, afirmou o Fenômeno.
“E a verdade é que o COL e a Fifa não constroem, não contratam a empreiteira. Eles só controlam. O povo está cansado de ver roubalheira. Mas a Fifa e o COL não têm absolutamente nada a ver com isso”, acrescentou o craque.
Contra o rei
Ronaldo também afirmou ter opinião contrária a de Pelé, que disse para o povo esquecer os protestos e apoiar a seleção brasileira.
“Eu não concordo com o Pelé. O Brasil não pode esperar. O Brasil acordou. Hoje vemos o maior movimento dos últimos anos, talvez o maior da história. Veio tarde esse movimento. Então temos de aproveitar ao máximo e exigir mudanças no país”, declarou.
Apesar de seu cargo no COL, Ronaldo contou que não tem participado muito das decisões na entidade. “Participei mais publicamente do que internamente”, disse. E ele ainda descartou a possibilidade de seguir carreira política. “Eu não tenho nenhuma pretensão.”
Mesmo assim, ele fez questão de manifestar seu apoio à presidente Dilma Rousseff diante da situação do país. O craque, no entanto, não quis comentar a atuação do deputado federal Romário, um dos principais críticos da realização da Copa. “Não tenho absolutamente nada para falar do Romário”, afirmou.
Fonte:redebomdia
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