No dia em que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou novas medidas contra a aids no Brasil, o evento em celebração ao Dia Mundial de Combate à Aids no Parque de Madureira, no Rio, também teve protestos. O ator Cazu Barroz, de 40 anos, que já participou de campanhas do ministério sobre o HIV, segurava um cartaz afirmando que 143 cariocas morrem por mês vítimas de aids no Rio (no ano, esse número chega a 1.707). "Cadê os R$ 18 milhões do Plano de Ações e Metas (do PAM)?", questionava. "O Rio não está dando condições de as pessoas se tratarem. Esses R$ 18 milhões não estão sendo investidos", protestou Cazu Barroz, para quem a verba repassada pelo governo federal ao governo do Rio não é aplicada desde 2007. De acordo com ele, mais de R$ 2 milhões deveriam ser aplicados por ano em campanhas preventivas e em tratamentos para pacientes com o vírus HIV. "Cabe ao Ministério da Saúde fiscalizar", acrescentou. Padilha não quis comentar os dizeres do cartaz e disse que se tratava de uma questão da secretaria estadual. O superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, Alexandre Chieppe, que representava o governo do Estado na cerimônia, afirmou que a cobrança é legítima, mas que a Secretaria Estadual de Saúde tem investido sim em trabalhos relacionados ao combate à aids. "Hoje, o incentivo federal gira em torno de R$ 700 mil por ano. Nos últimos cinco anos, o nosso investimento ficou em torno de R$ 1,8 milhão por ano, portanto acima do que temos recebido", disse. Chieppe admitiu, contudo, que essa velocidade de execução é recente, e que ainda há o que fazer. Um dos objetivos é reduzir o índice de mortalidade entre os soropositivos em 30% nos próximos cinco anos.
Fonte:ag estado
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