A presidente Dilma Rousseff usou nesta segunda-feira (19) números
referendados por um ex-ministro do governo Fernando Henrique Cardoso
para dar subsídio ao desempenho de sua gestão no setor do agronegócio.
Em cerimônia de lançamento do Plano Safra 2014/2015 no Palácio do
Planalto, ela citou crescimento da produção agropecuária nos últimos 12
anos, período em que o PT está no governo, fornecidos, segundo ela, por
Odacir Klein, ex-titular dos Transportes.
"É importante que a gente lembre o cenário passado. No passado, nós
tivemos uma situação bastante diferente. Eu me lembro no início do
governo do presidente Lula a dificuldade que era fazer uma política de
crédito agropecuário", disse a presidente.
Ela comentou, então, que, no governo anterior -sem citar nominalmente
FHC&- o país havia produzido 96,8 milhões de toneladas em grãos em
40 milhões de hectares. Hoje, disse ela, são geradas 198 milhões de
tonelada, produzidas em 56 milhões hectares pelo Brasil.
Ainda de acordo com ela, "na safra anterior ao governo do presidente
Lula", foram ofertados R$ 15,7 bilhões em investimentos. Na atual safra,
foram 136 bilhões, disse ela. Vamos ultrapassar agora para R$ 156
bilhões, completou a presidente, que, ao final, ressaltou que os números
foram fornecidos a ela por Odacir Klein.
Klein Comandou o Ministério dos Transportes da gestão FHC entre 1995 e
1996, mas saiu do governo após acusação de ter omitido socorro em um
caso de atropelamento. "Os números mostram que esses 10 anos ou 12 anos
foram bem-sucedidos, e acredito que as perspectivas para as próximas
safras são extraordinárias. (...) Se a gente considerar que nós somos
200 milhões de habitantes, seria uma tonelada para cada habitante, o que
é um número redondo e mostra a pujança do país. Estamos 70% acima do
que era há uma década atrás."
O Plano Safra 2014/2015 conta com R$ 156,1 bilhões em investimentos, dos
quais R$ 112 bilhões para financiamento de custeio e comercialização,
além de R$ 44,1 bilhões para programas de investimento. No ano passado,
foram anunciados R$ 136 bilhões, o que representa, neste ano, um
acréscimo de 14,7%.