Após o presidenciável Eduardo Campos (PSB) prometer o reajuste da
tabela do imposto de renda, agora foi a vez do candidato do PSDB Aécio
Neves, fazer a mesma promessa.
O tucano realizou ato de campanha na manhã desta quinta-feira (7) na
porta de uma fábrica em São Paulo e assegurou aos pouco mais de 100
trabalhadores que o ouviam que, se eleito, garantirá "reajuste real do
salário mínimo e da tabela do IR".
— Quero selar um pacto com a classe trabalhadora e vamos honrar cada um
desses compromissos. Em 1° de janeiro, a herança maldita deixada por
esse governo será a estagflação. Seremos o país que menos vai crescer no
continente e com a inflação acima da meta.
O tucano sinalizou que a correção do IR em seu governo seria feita com
base no cálculo da inflação acumulada. Isso faria com que trabalhadores
que recebem até R$ 4.500 de salário estariam livres do imposto.
Atualmente, é isento de cobrança quem recebe até dois salários mínimos.
— Está na hora de deixar na mão de quem sabe. Temos a credibilidade
necessária para garantir a retomada do investimento. É preciso inaugurar
um novo processo de crescimento no Brasil, com tolerância zero à
inflação e retomada de investimentos de capital interno e externo.
Centrais sindicais
Aécio esteve ao lado de Paulinho da Força, histórico sindicalista que
enfrenta um momento de divisão em uma das maiores centrais sindicais do
País.
Parte da entidade declarará apoio à candidatura de Dilma Rousseff ainda na tarde desta quinta, enquanto a direção apoia Aécio.
Confrontado com a contradição, Paulinho se enrolou para responder e acabou dizendo que a Força é uma entidade pluralista.
Outro momento de constrangimento foi quando ele teve que responder
sobre redução da jornada de trabalho, bandeira histórica do movimento e à
qual o PSDB se opõe.
— Isso é uma pauta... não é hora de falarmos disso. É hora de pensar no futuro.