Depois da arrancada do senador Aécio Neves na reta final das eleições, o PSDB já começou a negociar com interlocutores da candidata do PSB Marina Silva o apoio da pessebista caso o tucano chegue ao segundo turno. A aliança foi defendida publicamente pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e, nos últimos dias, o tom das críticas de Aécio a Marina começou a ser amenizado em uma sinalização, segundo interlocutores tucanos, de que a tentativa de apoio seria negociada. Em 2010, após conseguir quase 20 milhões de votos, Marina Silva, então no Partido Verde, optou pela neutralidade e não apoiou nem Dilma Rousseff (PT) nem o então candidato José Serra (PSDB). Uma reunião entre caciques do PSDB já foi pré-agendada para esta segunda-feira em São Paulo e os diretórios estaduais da sigla foram mobilizados para que procurem interlocutores de Marina Silva para negociar apoio no segundo turno. Os tucanos apostam no nome do deputado federal Walter Feldman, egresso do PSDB, como um dos mais fortes canais de interlocução para discutir uma aliança no turno suplementar. “Aécio e Marina, PSDB e PSB, estarão juntos no segundo turno a favor da mudança necessária. O processo tem que ser respeitoso, consistente e programático para gerar confiança e credibilidade”, disse neste domingo o presidente do PSDB-MG, deputado Marcus Pestana. “A convergência [entre Aécio e Marina] terá que ser institucional e programática”, afirmou. Após ter votado em Belo Horizonte, o candidato Aécio Neves disse que só falaria de possíveis alianças no segundo turno depois da conclusão da apuração de votos pela Justiça Eleitoral. Ele lembrou as manifestações de junho de 2013, que pediam mudança na política brasileira, e disse que a reeleição da presidente-candidata Dilma Rousseff (PT) não atenderia aos anseios das ruas. “Não posso acreditar que esse sentimento de mudança amplo hoje na sociedade possa ser expresso pela reeleição da presidente da República e do grupo político que há 12 anos não fez essas mudanças que a sociedade aguarda”, declarou. O candidato tucano acompanhará a apuração dos votos em seu apartamento no bairro Anchieta, na capital mineira.
Fonte:band
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