O poeta já dizia que a nossa língua é a nossa pátria. Só o povo, ao longo das décadas, é quem tem o direito de transformá-la.
Quando vejo projetos como estes serem passados no Congresso, isto me assusta e me revolta.
Como diria Millor Fernandes, temos um alfaiate que quando a roupa não fica bem, faz alteração no dono.
Sempre achei ridículo a imposição do termo "presidenta". Isto porque não existe estudanta, gerenta, ou algo parecido. Não há machismo no termo, que ainda por cima é neutro.
O uso de "presidenta" pra mim é algo digno de uma ignoranta (quem quer que a tenha instruído a usar o termo)
Agora esta decisão passada no Congresso e sancionada pela presidente é um erro grave em diversos sentidos :
- uso do congresso para assuntos irrelevantes
- normatização da língua pelo Estado por algo frívolo.
- aumento de burocracia no que tange a emissão de novos diplomas
Houve novamente quem argumentasse que essa distinção seria para definir gênero numa sociedade machista, mas o que dizer de profissionais como dentistas jornalistas, oculistas, artistas, legistas....vamos também virar "dentistos"? "Artistos"? "Jornalistos"?
É.. “assaltaram a gramática” como diriam Paralamas e Lulu
O último líder a mexer assim na língua de um país, foi Mussolini, segundo Evanildo Bechara, do setor de lexicologia e lexicografia da ABL.
Não é possível aceitar que me façam de "idioto". Será que se a "presidenta" falasse "elado", como o Cebolinha, tramitaria-se uma lei no Congresso pra que a gente tivesse que abolir a letra R do alfabeto?
Desculpem o desabafo mas é a nossa língua, que amo, e me revolta ver o pouco caso que fazem com ela. Bruno
Fonte:Rio TVA
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