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País precisa proteger melhor seu conhecimento e a propriedade industrial |
Data Publicação:29/11/2016 |
FIERGS recebeu o 2° Fórum de Proteção do Conhecimento Sensível.
Porto Alegre, 24 de novembro de 2016 – O Brasil não dá a devida importância à propriedade industrial. No ano passado, foram apenas 35 mil pedidos de patentes no País, enquanto a China, por exemplo, recebeu 1 milhão de solicitações. O alerta foi feito pelo pesquisador do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), Wilson Fogazzi, nesta quinta-feira (24), durante apresentação no 2° Fórum de Proteção do Conhecimento Sensível. Realizado pela FIERGS, em parceria com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, o evento teve como tema principal “A Vulnerabilidade das Startups no Universo da Disputa pela Inovação”.
O propósito do Fórum foi alertar quanto às ameaças que os desenvolvedores de inovações passam no Brasil. “No Rio Grande do Sul, nos acostumamos a assistir as transferências de fábricas para outros Estados e, recentemente, até para outros países. Essa ‘relocalização’ geográfica, física, no entanto, vem acompanhada atualmente de uma questão muito mais importante. Trata-se da ‘realocação’ do conhecimento. Nesse contexto, não podemos admitir a perda de inteligência. Portanto, há um acervo que não é físico, que fica na ‘nuvem’, que necessita ser protegido”, destacou o presidente da FIERGS, Heitor José Müller, na abertura do evento.
O industrial observou que startups são hoje as grandes geradoras de conhecimento. “Temos que prevenir os riscos de que esse estoque inventivo possa ser usurpado. Perder inovação significa perder PIB”, ressaltou.
O caso real da SuperCooler – empresa que criou um resfriador portátil de bebidas – foi apresentado no primeiro bloco do evento, por meio do seu sócio-fundador Rafael Schiavoni, que relatou alguns riscos que teve que superar para não perder a invenção, além do processo que envolveu o desenvolvimento e o registro do projeto.
A Contraespionagem Industrial e os Riscos nas Redes Sociais foi o tema abordado pelos representantes da Abin Sérgio Malta e Robertson Frizero.
O Fórum contou ainda com as presenças do secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco; do superintendente estadual da Abin no Rio Grande do Sul, Clóvis Roberto Frainer; da representante do chefe do Escritório de Difusão Regional Sul 1 do INPI, Julieta Macedo; e do diretor do CIERGS e membro do Conselho de Inovação e Tecnologia da FIERGS, Aderbal Fernandes Lima.
Presidente da FIERGS, Heitor José Müller, durante o Fórum de Proteção do Conhecimento Sensível
Foto: Dudu Leal
Fonte:Fiergs - Unicom
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