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Diniz sabotou atual gestão da Fecomércio, diz MPF |
Data Publicação:23/02/2018 |
RIO - O presidente da Fecomércio-RJ, Orlando Diniz, preso hoje pela força-tarefa da Lava-Jato no Rio, usou de sua influência na organização para sabotar a gestão do interventor na unidade, disse o Ministério Público Federal. Através de aliados, ele também teria chegado a oferecer pagamentos indevidos de jetons para que conselheiros da entidade não comparecessem a reuniões.
Segundo os investigadores, a mando de Diniz, que foi afastado do comando do Sistema
S, Plínio José Freitas Travassos Martins, Marcelo José Salles de Almeida e Marcelo Fernando Novaes Moreira - todos alvos de mandados de prisão provisória já cumpridos - ligaram para conselheiros da Fecomércio-RJ para convencê-los a não irem a reuniões do conselho. Os acusados ofereceram o pagamento indevido de jetons (de R$ 3 mil) por reuniões que eles faltassem. Em um dos encontros boicotados, realizado no fim de janeiro, o atual interventor apresentaria um balanço das irregularidades apuradas na gestão de Diniz.
O procurador José Vagos diz que a prisão preventiva de Diniz foi a única solução encontrada para impedir que ele continuasse interferindo nas investigações.
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— Ele se mostrou um investigado que praticava atos de contrainteligência. Tem como costume ocultar documentos, pedindo que outras pessoas os guardassem. Mesmo afastado, continuou exercendo influência na organização para sabotar a atual gestão.
O procurador Felipe Bogado diz ainda que Diniz forjava documentos para ocultar a existência dos funcionários fantasmas, conhecidos como jabutis, no Sistema S.
— Quando os jabutis eram selecionados por sorteio em auditorias de órgãos de controle como a CGU e o TCU havia um quiprocó na Fecomércio-RJ, porque eles não tinham ficha funcional ou folha de ponto. Eles formavam documentos para colocar nas pastas funcionais - explica.
Fonte:oglobo.globo.com
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